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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Regina Brett não tem 90 anos

...estão as melhores lições que podemos rever nesse final de ano. Regina Brett não tem 90 anos como consta nos e-mails que rolam pelo mundo viral.

Colunista do The Plain Dealer, que circula na cidade de Cleveland, Ohio, EUA, aos 54 anos tem três best-sellers rolando lá na terra do Tio Sam.

Leiam, releiam e coloquem em prática algumas delas. Não é tarefa fácil, mas com certeza vão deixar a vida mais gostosa de se viver:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente. 12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.  Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir  roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa, morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos  nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A MENTE HUMANA e DEUS

Quantas vezes tentam por nós próprios entender todas as coisas? Pensamos que tudo tem uma resposta plausível e entendida pelas mentes humanas.

A Palavra de Deus nos mostra que não é bem assim.

Em I Coríntios 3:18-19a podemos ler: “Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; …”

Acabando de ler esta passagem das Escritura não nos é difícil entender que Deus não pensa nem actua como o homem.

Aquilo que muitas vezes parecem atitudes sem nexo algum são exactamente as atitudes que alegram o coração de Deus, mediante a nossa obediência.

Em II Reis 4:1-7 encontramos uma mulher que estava passando por grandes necessidades materiais.

O seu marido havia falecido, tinha dívidas para pagar e por não ter dinheiro para o fazer o credor lhe levou os filhos para o servirem.

Quando o profeta Eliseu se abeirou dela o seu pedido foi que ele lhe dissesse que fazer.

Ela sabia que qualquer que fosse a sua resposta, seria igualmente a resposta de Deus para o seu problema.

Eliseu perguntou-lhe o que ela ainda tinha em casa e ela respondeu-lhe que apenas uma botija de azeite.

Todos nós sabemos que o azeite em todas as épocas era algo vital e importante para a alimentação do ser humano.

Logo sendo algo tão vital, era usado com frequência o que fazia com que fosse necessário haver sempre provisão do mesmo de forma a poder abastecer uma casa.

Eliseu então lhe disse para pedir tantos vasos como aqueles que ela pudesse arranjar e que os fosse enchendo com o azeite que se encontrava na botija.

Notemos um pormenor muito importante mas que por vezes pode passar despercebido.

A viúva disse que apenas possuía uma botija de azeite e Eliseu mandou-a providenciar vasos.

Muitas vezes numa leitura mais apressada esse pormenor pode passar por entre as palavras sem que nos debrucemos sobre ele.

É mais do que conhecida a diferença de capacidade cúbica ente uma botija e uma vaso.

Nos tempos do Antigo Testamento os vasos utilizados para guardar a água, o azeite, o vinho etc. eram aquilo a que nós hoje chamamos de jarrões.

Altos, largos, fundos com capacidade para armazenar litros de liquido dentro de si.

Pelos padrões humanos o conteúdo de uma botija no máximo daria para tapar o fundo de um vaso.

Mas porque ela confiava em Deus fez exactamente o que Eliseu lhe dissera.

Ela exerceu a sua fé no Senhor e não o seu raciocínio humano.

Será que todos agiríamos como a viúva agiu?

As necessidades da víuva e da sua família era materiais mas existem outros tipos de necessidades e creio que talvez as mais difíceis de serem supridas são as emocionais.

Existe um ditado no mundo que nos diz algo como: “Há coisas que o dinheiro não compra.”

Na Palavra de Deus lemos em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Deus nos deu Jesus… Ele não o vendeu, o trocou, o trespassou, cedeu, etc…

A vida de Jesus nos foi dada.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Descoberta arqueológica na Grécia





Esta descoberta completamente inesperada prova da existência de “Nephilim”.
Nephilim é a palavra usada para descrever o gigante que é falado nos tempos bíblicos por Enoch, e contra o gigante que lutou David (Golias).

Num. 13:33 – Também vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos.

Gen. 6:04 - Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.

Só para mostrar que a Bíblia é verdadeira com suas lições de história que são aplicáveis tanto para o futuro como para hoje e que não é só um livro espiritual. Isto é incrível. Não que já não tenha sido demonstrado que as Escrituras são verdadeiras, são apenas mais evidências para os nossos tempos.

A VERDADEIRA ORAÇÃO


A palavra "ciência" significa conhecimento coordenado, organizado e sistematizado. Consideremos a ciência e a arte da verdadeira oração no que concerne aos princípios fundamentais da vida e às técnicas e processos pelos quais podem ser demonstrados em sua vida ou na vida de qualquer ser humano, desde que aplicados com fé. A arte é a sua técnica ou processo e a ciência por trás dela é a resposta definida da mente criadora ao seu quadro mental ou pensamento.

Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e se vos abrirá. S. MATEUS, 7:7.

Aqui está dito que você receberá aquilo que - pedir. - A porta será aberta quando você bater e encontrará aquilo que está procurando. Esse ensinamento implica a definição das leis mentais e espirituais. Há sempre uma resposta direta da Inteligência Infinita do seu subconsciente ao seu pensamento consciente. Se você pede pão, não irá receber uma pedra. Você deve pedir acreditando, pois só assim receberá. A sua mente se transporta do pensamento para a coisa.

A sua oração, que é seu ato mental, deve ser aceita como uma imagem em sua mente antes que o poder da sua vontade subconsciente trabalhe sobre ela e a faça produtiva. Você deve alcançar um ponto de aceitação em sua mente, um estado indiscutível e irrestrito de conformidade.

Essa contemplação deve ser acompanhada de um sentimento de alegria e descanso na previsão da realização inevitável do seu desejo. A base sólida para a arte e a ciência da verdadeira oração é seu conhecimento e confiança integral em que o movimento da sua mente consciente obterá uma resposta definida do seu subconsciente, que é o possuidor de sabedoria ilimitada e poder infinito.

A TÉCNICA DA VISUALIZAÇÃO

O caminho mais fácil e óbvio para formular uma idéia é visualizá-la, vê-la nos olhos da mente tão real como se estivesse mesmo acontecendo. Você pode ver com o olho nu apenas o que já existe no mundo exterior; da mesma forma, o que você pode visualizar nos olhos da mente é o que já existe nos reinos invisíveis da sua mente. Qualquer imagem que você tenha em sua mente é a substância de coisas esperadas e a evidência de coisas não vistas. O que você forma em sua imaginação é tão real quanto qualquer parte do seu corpo. A idéia e o pensamento são reais e um dia aparecerão em seu mundo objetivo, se você tiver fé em sua imagem mental.

Esse processo de pensar forma impressões em sua mente; essas impressões, por seu turno, tornam-se manifestas como fatos e experiências em sua vida. O construtor visualiza o tipo de construção que deseja; ele a vê como quer que seja ao ficar pronta. As suas imagens e processos de pensamento tornam-se um molde plástico do qual emergirá a construção - feia ou bela, um arranha-céu ou um edifício acaçapado. Sua imagem mental é projetada quando desenhada no papel. Posteriormente, o empreiteiro e seus operários reúnem os materiais essenciais e o prédio se ergue até o fim, em conformidade perfeita com os padrões mentais do arquiteto.

(O Poder Cósmico da Mente - Joseph Murphy)

sexta-feira, 4 de março de 2011

É correto pular carnaval?


A Palavra de Deus diz que há “tempo para rir . . . e tempo para saltitar”. (Eclesiastes 3:4) Como a palavra hebraica para “rir” também pode ser traduzida por “festejar”, fica claro que, no que diz respeito ao nosso Criador, não há nada de errado em divertir-se de forma sadia. (Veja 1 Samuel 18:6, 7.) Aliás, a Palavra de Deus manda que nos alegremos. (Eclesiastes 3:22; 9:7) De modo que a Bíblia fala com aprovação do divertimento correto.

Entretanto, nem todo tipo de divertimento é aprovado na Bíblia. O apóstolo Paulo declara que as festanças, ou festejos ruidosos e turbulentos, são uma das “obras da carne” e que os que as praticam “não herdarão o reino de Deus”. (Gálatas 5:19-21) Paulo admoestou os cristãos a ‘andar decentemente, não em festanças’. (Romanos 13:13) A questão é: em que categoria cai o carnaval? É um divertimento inocente ou uma festança licenciosa? Para responder a essas perguntas, vou explicar melhor o que a Bíblia quer dizer com “festança”.

A palavra “festança”, ou kó·mos, em grego, ocorre três vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, sempre com sentido desfavorável. (Romanos 13:13; Gálatas 5:21; 1 Pedro 4:3) E isso não surpreende, porque kó·mos relaciona-se com festas de má fama, bem conhecidas dos primeiros cristãos de fala grega. Que festas?

Um grupo de pessoas transportando os falos sagrados [símbolo do órgão sexual masculino] e cantando ditirambos [canções] a Dionísio . . . constituía, na terminologia grega, um komos, ou festividade.” Dionísio, o deus do vinho na mitologia grega, foi mais tarde adotado pelos romanos, que lhe deram o nome de Baco. A relação com kó·mos, porém, sobreviveu à mudança do nome. O Dr. James Macknight, erudito bíblico, escreveu: ‘A palavra kó·mois [uma forma plural de ko·mos] vem de Comus, o deus das festanças. Essas festanças homenageavam Baco, que por isso era chamado Comastes.’ As celebrações em homenagem a Dionísio e a Baco eram a própria encarnação da festança. Como eram essas festas?

Durante as festividades gregas em honra a Dionísio, segundo Durant, multidões de foliões “bebiam desenfreadamente, e . . . consideravam desprovidos de juízo aqueles que não o perdiam [i.e., o juízo]. Marchavam em tumultuosa procissão, . . . e enquanto bebiam e dançavam, entregavam-se a um frenesi no qual todos os preconceitos eram abandonados”. Algo bem parecido ocorria nas festividades romanas em honra a Baco (chamadas de bacanálias), em que as principais diversões eram bebedeiras, canções e música lascivas, e eram o cenário de “ações muito depravadas”. Multidões em frenesi, bebedeiras, danças e música libidinosas e sexo imoral eram os ingredientes das festanças greco-romanas.

O carnaval da atualidade contém os ingredientes da festança? Veja algumas citações de jornais sobre as festas de carnaval: “Multidões extremamente tumultuosas”. “Quatro dias de farra, bebedeira e festas noite adentro”. “Ressaca do carnaval pode durar vários dias para alguns foliões”. “Os sons quase ensurdecedores em lugares apertados fazem os shows das bandas de heavy metal . . . soarem baixo em comparação.” “Carnaval virou sinônimo de nudez total.” As danças de carnaval retratavam “cenas de masturbação . . . e várias formas de relações sexuais”.

As semelhanças entre o carnaval de hoje e aquelas festas da antiguidade são tão impressionantes que um folião de uma bacanália se sentiria em casa se acordasse hoje no meio de uma festa de carnaval. E isso não nos deve surpreender, porque, segundo o diretor de programação de uma emissora de TV do Brasil, “a origem do carnaval vem das festas de Dionísio e de Baco”; “a natureza do carnaval é essa mesma”. A The New Encyclopaedia Britannica diz que o carnaval pode ser relacionado com as saturnálias, festas pagãs da Roma antiga. Embora de uma época diferente, o carnaval faz parte da mesma família que seus antecessores: a festança.

Bem, poderia perguntar a si próprio: Pode imaginar Jesus Cristo ou seus apóstolos participando nas festas que deram origem ao carnaval, tomando parte nas bebedeiras, na imoralidade e nas danças desenfreadas de tais festas antigas? Se não, como pode uma pessoa ser verdadeiro seguidor de Cristo e participar nas modernas festas carnavalescas? Considere a admoestação da Bíblia:

“Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos. Pois, que associação tem a justiça com o que é contra a lei? Ou que parceria tem a luz com a escuridão? Além disso, que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que quinhão tem o fiel com o incrédulo? E que acordo tem o templo de Deus com os ídolos? . . . ‘Portanto, saí do meio deles e separai-vos’, diz o SENHOR, ‘e cessai de tocar em coisa impura’; ‘e eu vos acolherei’.” — 2 Cor. 6:14-17.

Como esse conhecimento deve afetar os cristãos hoje? Do mesmo modo que afetou os primeiros cristãos que viviam nas províncias sob influência grega, na Ásia Menor. Antes de se tornarem cristãos, eles se entregavam a ‘ações de conduta desenfreada, concupiscências, excessos com vinho, festanças [kó·mois], competições no beber e idolatrias ilegais’. (1 Pedro 1:1; 4:3, 4) Mas, depois de aprenderem que Deus vê as festanças como “obras pertencentes à escuridão”, pararam de participar em festas semelhantes ao carnaval. — Romanos 13:12-14.

Por certo, a obediência a estas admoestação bíblica exigiria que a pessoa se refreasse de ter qualquer coisa que ver com o carnaval, que se originou de festas pagãs que Deus considera impuras.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Só Deus salva

Ligerinho foi um dos líderes e fundadores do Comando Vermelho. Hoje ele é o pastor Salles
Aldidudima Salles veio ao mundo em 1966, no Ceará. Filho de um militar e pastor evangélico e de uma dona-de-casa, cresceu em lar humilde. Com 9 anos, fugiu de casa, “por causa do espiritismo”. “O diabo entrou na minha vida e disse que ia me usar por um tempo”, conta. Morou na rua, freqüentava centros de umbanda e magia negra e diz ter violado sepulturas para comer carne humana.

Aos 14, chefiava cerca de 40 homens na facção criminosa Terceiro Comando. “Sempre fui muito inteligente. Isso era o que me diferenciava do resto. Os caras me obedeciam”, acredita. Depois integrou o Comando Vermelho, onde ganhou o apelido de Ligeirinho, tornando-se um de seus principais líderes. Foi para Cáli, na Colômbia, fazer treinamento no cartel de Pablo Escobar – à época, o maior traficantes de drogas do mundo. “Lá aprendi tudo que o cão me ensinou. O que ele não me ensinou, eu ensinei a ele. Cheguei num ponto em que não era o diabo que entrava em mim, mas sim eu que entrava nele”, diz.

Com 6 mil bandidos sob sua mão, ele e José Carlos Encina, o Escadinha, comandavam a venda de drogas em diversos morros do Rio de Janeiro e de São Paulo. Foi ele quem ensinou o ofício para Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, traficante que dispensa apresentações. Participava ainda de tráfico de crianças, de armas e assaltos à banco. Com o lucro das atividades ilícitas, Salles diz ter acumulado um patrimônio invejável: 22 apartamentos, 3 aviões, 40 carros, 19 motos e um sítio em Mato Grosso.

PCC is in the house

Era 1987, Escadinha estava preso no presídio de Ilha Grande, no Estado do Rio. Em plena noite de ano novo, o bandido foi içado por um helicóptero, numa verdadeira fuga cinematográfica. Salles, mentor da ação que parou o país, estava no helicóptero. Ele conta tudo sem esconder um certo orgulho da engenhosidade da operação. “Foi um tapa na cara da polícia”, diz. Logo depois, porém, ele abandonou o crime. Conta que foi assaltar uma igreja e acabou se convertendo. “Labaredas de fogo surgiram em volta do pastor e eu não conseguia atirar nele. Ele me deu um novo testamento e disse que um dia eu ainda ia pregar na igreja dele”.



Salles foi preso na Praça da Sé, sendo condenado a 300 anos e seis meses de cadeia por 26 assassinatos, 15 assaltos à banco, tráfico de drogas e formação de quadrilha. Em Bangu I, já crente, evangelizava outros presos valendo-se de métodos, digamos, heterodoxos: quem não aceitava Jesus, era convencido à força. “Viramos o exército de Deus lá dentro. Torturávamos o cabra até ele se converter”, relembra. O ex-criminoso saiu da prisão de segurança máxima pela porta da frente, após ter cumprido apenas 10 anos da pena. Um induto presidencial de Fernando Henrique Cardoso libertou-o. Em suas pregações, quando rememora o caso, Salles diz que foi “obra de Deus”. Para mim, dá outra versão: “Há muitos políticos evangélicos hoje em dia, alguns em posições bem elevadas. Posso dizer que somos bem representados em Brasília”.



Vou até a Assembléia de Deus de Belenzinho conferir um culto do Pastor Salles pessoalmente. Ele chega acompanhado da atual esposa e me conta que matou as outras duas que teve. A mulher ri nervosa. Um gato preto tatuado em seu tornozelo sinaliza que ela provavelmente não é evangélica desde sempre. Salles diz já ter pregado em 18 países e em todas as capitais brasileiras. Não cobra pelas suas palavras, conta que vive da comercialização dos seus DVDs, vendidos em banquinhas improvisadas nas igrejas em que se apresenta e em lojas. “Entrei esses dias numa Lojas Americanas que já havia assaltado e tinha o meu DVD à venda lá. Deus faz coisas incríveis”, conta. Ele diz que há membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) sentados assistindo ao culto. O pastor da igreja é quem lhe contou o fato, pedindo para que ele não subisse ao palco naquela noite. Salles deu de ombros. “Nunca senti medo na vida e não é hoje que vou sentir. Estou tranquilo”, diz. Já eu não podia dizer o mesmo.