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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Viver sempre na graça de Deus


1. A graça, dom sobrenatural interno

Por causa do pecado original de nossos primeiros pais, todos nós nascemos privados da graça que Deus tinha concedido gratuitamente a eles e a todos os seus descendentes. A natureza humana além disso, ficou ferida, e com nossas forças não podemos cumprir por muito tempo nem sequer a lei natural. Mas, compadecido de nós e pelos méritos de Jesus Cristo, Deus concede e infunde na alma o dom maravilhoso da graça. Concede-a gratuitamente e sem que a mereçamos, para que possamos alcançar a vida eterna no céu.

2. Maravilhas da graça na alma

A graça é participação da natureza divina. À alma que recebe a graça de Deus acontece algo semelhante ao que acontece com o ferro ou o carvão em contato com o fogo: põe-se vermelho vivo e adquire as propriedades do fogo. A alma em graça é, diante de Deus, como um rubi; o pecado foi destruído, já não existe, e a alma adquire um brilho maravilhoso como o fogo puro e limpo, assim como o carvão perde sua negritude e se converte em brasa vivíssima. A alma em graça tem uma beleza divina, com o resplendor da graça e da vida sobrenatural.

3. Graça santificante, graça atual

Deus concede duas classes de graça:

a) Graça santificante é a que faz justos ou santos, filhos adotivos de Deus e herdeiros do céu; então, somos templos do Espírito Santo, e Deus habita no centro da alma. Nós a recebemos no batismo, e, se a perdemos por um pecado mortal, pode-se recupera-la no sacramento da penitência. Estando na graça de Deus, tudo o que se faz - grande ou pequeno, fácil ou custoso - tem mérito sobrenatural e ajuda a conquistar o céu, quando cumprimos as demais condições: em vida, com liberdade, com boas obras, dirigidas a Deus e aceitas por Ele; a aceitação nos consta e está implícita no estado de graça.

b) Graça atual é a graça com a qual Deus ilumina o entendimento e move a vontade, como ajuda para fazer o bem - ainda que custe - e evitar o mal. A passagem citada nos Atos dos Apóstolos é um exemplo de graça atual que Deus concedeu a Lídia para converter-se à fé em Jesus Cristo. Outras graças atuais são o arrependimento depois de pecar, o propósito de ser melhor, etc..

4. Deus concede a todos a graça necessária para salvar-se

Deus concede a todos a graça necessária para salvar-se, porque "quer que todos se salvem" (1 Timóteo 2,4). Os que se condenam, condenam-se porque não corresponderam às graças que Deus lhes deu. O fato de que Deus conceda mais graças a uns do que a outros depende do amor de Deus e também, de nossa correspondência à graça. Deus nos concede mais graças se as pedimos, se recebemos os sacramentos e se nos deixamos levar por suas graças. Acontece como em uma família, na qual os pais querem muito a seus filhos - dariam a vida por eles - ,mas tratam-nos de maneira diferente, segundo seja conveniente à boa educação de cada um e segundo se portam perante os apelos e conselhos que lhes dão. Por isso é tão importante a correspondência à graça de Deus, a cada graça de Deus.

5. Meios para crescer na graça

O cristão não pode aspirar unicamente a conservar a graça, mas deve esforçar-se por aumenta-la. O crescimento é um sinal de vitalidade, e também a graça - que é vida sobrenatural - pede o crescimento. É preciso, pois, colocar todos os meios para desenvolve-la: a oração, os sacramentos e as boas obras feitas por amor. Particularmente, ao receber os sacramentos podemos crescer na graça, porque neles começa, se desenvolve ou se recupera quando foi perdida, a graça de Cristo. Em conseqüência, a vida do cristão deve ser, por seu próprio peso, a vida de confissão e de comunhão freqüente.

6. Um firme propósito: viver sempre na graça de Deus e aumenta-la

O mais precioso que temos na terra é a graça de Deus. O mais importante para nós será viver como filhos de Deus; e o pior e mais terrível que poderá acontecer será o pecado, ou seja, o separar-se de Deus, morrer sem a sua graça, perder-se eternamente no inferno. Como dizia um grande escritor: "Ao final da jornada, aquele que se salva sabe, e o que não se salva, não sabe nada". Por isso temos de fazer o propósito de viver sempre na graça de Deus, e aumenta-la sempre mais. Se temos a desgraça de perde-la por um pecado mortal, é preciso confessar-se o mais rápido possível, para estar de novo em estado de graça, sem deixar de fazer, antes, um ato de contrição, com o propósito de confessar-se.

7. Propósitos de vida cristã

  • Fazer o firme propósito de viver sempre na graça de Deus e procurar crescer sempre na correspondência à graça.
  • Confessar-se rapidamente, em caso de pecado mortal; e enquanto isso, fazer muitos atos de contrição.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo" (1 Jo 4.1)


Acontece com a parapsicologia algo muito semelhante ao que acontece com a ufologia. Enquanto alguns cientistas se debruçam sobre telescópios tentando descobrir o mínimo vestígio de vida fora da terra sem nada encontrar, outros ditos ufólogos passeiam de disco voador, têm relações sexuais com extraterrestres e conversam abertamente com esses seres por telepatia sempre que desejam.
Na parapsicologia o fato se repete. Ao mesmo tempo em que estudiosos sérios evitam qualquer veredicto sobre o assunto, outros parecem ter encontrado na parapsicologia a "VERDADE" (com letras maiúsculas) que os permite resolver todos os mistérios do mundo.

O uso destes poderes para o bem


Há a alegação de que muitos dos que manifestam poderes paranormais o utilizam para fins benéficos, sendo, portanto, precipitado julgar a fonte de suas capacidades como sendo maléfica. Alguns paranormais já foram até utilizados pela polícia a fim de encontrar pessoas desaparecidas e resolver certos crimes. Ou como no caso de Edgar Cayce e outros paranormais famosos que forneceram solução para doenças e problemas quando se encontravam em estado de transe. Mas não há registros de acompanhamento posterior das pessoas "beneficiadas" por meio dessas operações psíquicas. Não há nada que ateste resultados permanentes ou se houve "efeitos colaterais". O alívio imediato alcançado por esses métodos não representa uma prova de que no geral é uma experiência benéfica.
Temos, porém, um registro biográfico de Joseph Milard, referente à vida de Edgar Cayce. Ele foi sem dúvida um dos maiores paranormais registrados na história. Mas, segundo o seu biógrafo, sua vida foi marcada por tormentos posteriores inexplicáveis, caso se imagine que o poder que operava nele fosse algo bom. Segundo conta Milard, "Cayce era um homem forte e robusto, mas morreu na miséria com 27 kg, ao que tudo indica, 'consumido' fisiologicamente pelo número excessivo de preleções mediúnicas que realizou. Os males que as atividades de Cayce lhe causaram foram diversos, como ataques psíquicos a incêndios misteriosos, perda periódica, mudanças erráticas de personalidade, tormentos emocionais, constante 'má sorte' e reveses pessoais, assim como culpa induzida por preleções mediúnicas que arruinaram a vida de outras pessoas". Existe, ainda, a questão da verdade. As ações de Deus produzem bons frutos, tanto no sentido de ajudar definitivamente as pessoas quanto nas questões destas se aproximarem mais de Deus. Deuteronômio 13.1-6, já citado, mostra que alguém poder realizar um sinal ou prodígio, até mesmo um sonho revelador, e com isso ganhar crédito para levar as pessoas para longe do Deus verdadeiro, envolvendo-as em práticas escusas. E Tessalonicenses 2.9, também já citado, diz que Deus permite a operação do erro para que as pessoas creiam na mentira, uma vez que não aceitaram o amor à verdade para se salvarem. Hoje, aquilo que se chama de poder mental busca tão-somente a glorificação do homem, a exaltação do ego, a negação das verdades bíblicas. "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7.16). Não procedem de Deus e, por isso, não levam o homem para mais perto dele. Tornaram-se mais um incentivo à antropolatria, além dos já existentes.